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Varejo oferece serviços financeiros e diferentes formas de pagamentos para conquistar consumidor

Para o varejo, vender produtos já não é suficiente. Na tentativa de atrair e fidelizar clientes, empresas do setor têm apostado na diversificação da...

Varejo oferece serviços financeiros e diferentes formas de pagamentos para conquistar consumidor

Para o varejo, vender produtos já não é suficiente. Na tentativa de atrair e fidelizar clientes, empresas do setor têm apostado na diversificação da experiência de consumo, o que a, também, pela disponibilidade de diferentes formas de pagamento.

Impulsionado pela digitalização e pelo avanço das fintechs, o varejo brasileiro tem buscado ampliar a atuação para além do comércio tradicional para se consolidar como um hub de soluções financeiras. A movimentação é perceptível no varejo físico e no digital, que têm disponibilizado opções como cartões, Pix, crédito digital e carteiras eletrônicas, acompanhando as preferências dos consumidores.

De acordo com dados da Deloitte, até 2026, o varejo físico pode gerar R$10,6 bilhões em receita com serviços financeiros. No e-commerce, a estimativa é de R$7,6 bilhões. A estratégia é aumentar a competitividade, ampliar a base de clientes e garantir novas fontes de receita.

O crescimento da oferta de serviços financeiros por empresas que não são bancos tradicionais têm transformado o perfil do varejo no Brasil. Plataformas como o C&A Pay e o Emana Pay (da Natura) são exemplos de como varejistas estão oferecendo soluções financeiras sem a necessidade de intermediários bancários.

A C&A movimenta 25% de seu faturamento com o C&A Pay. A solução inclui cartão digital, parcelamento facilitado, descontos e até biometria facial. Desde seu lançamento, o sistema contribuiu para aumentar a frequência de compras em 50% e a empresa já emitiu mais de 5,5 milhões de cartões digitais, conforme dados divulgados ao mercado.

Cenário favorece embedded finance

Segundo estudo da Dock, esse movimento é viabilizado pelo conceito de embedded finance, ou finanças embarcadas. Isso significa que o cliente pode realizar todas as suas operações, da compra ao pagamento de boletos, no mesmo ambiente.

A ideia do embedded finance é integrar serviços financeiros diretamente nas plataformas de consumo, sem a necessidade de redirecionamento para apps ou instituições externas. Para isso, é necessária a integração entre sistemas de gestão de relacionamento com cliente (CRM, do inglês Customer Relationship Management), planejamento de recursos empresariais (ERP, do inglês Enterprise Resource Planning) e plataformas de venda.

A Vindi, empresa que atua como hub de serviços financeiros voltado à integração de pagamentos, explica a proposta. “A transformação só é possível graças à integração entre sistemas. Quando meios de pagamento, plataformas de venda, ERPs e CRMs conversam entre si, a operação se torna mais fluida, inteligente e escalável.” Como resultado, há menos fricção, mais aprovações de pagamento e redução da inadimplência.

O mercado global segue a tendência. Projeções da LexisNexis Risk Solutions indicam que o valor das transações via embedded finance pode chegar a US$7 trilhões nos próximos dez anos. No Brasil, o potencial é de R$24 bilhões até 2026. Isso inclui desde a emissão de cartões próprios por varejistas até a oferta de crédito personalizado, seguros e investimentos dentro do mesmo ecossistema de consumo.

Experiência dos consumidores

Na outra ponta dessa transformação estão as novas formas de pagamento, que têm transformado a experiência do consumidor. O Pix, conforme dados do Banco Central, já é utilizado por mais 76% da população, o que representa cerca de 161,5 milhões de brasileiros. 

Outras inovações também ganham espaço, como pagamentos por aproximação, biometria e o modelo Buy Now, Pay Later (BNPL), que permite parcelar compras sem juros. Um levantamento da Juniper Research estima que o volume global de transações via BNPL chegue a US$687 bilhões até 2028, o dobro em relação a 2024.

Carteiras digitais, como Google Pay e Apple Pay, também se popularizaram. Com a chegada do Pix por aproximação, previsto pelo Banco Central, o pagamento via NFC deve ser ainda mais difundido.

As alternativas têm tornado a experiência do consumidor mais personalizada, já que as diferentes opções permitem a ele escolher qual é a que melhor o atende. Na prática, aspectos como agilidade, praticidade, segurança e desburocratização das transações seguem como diferenciais para o comportamento de consumo.

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